ABIMED anuncia ganhadores do 1º Prêmio de Inovação Transformacional

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A ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde) anunciou ontem os ganhadores do 1º Prêmio ABIMED de Inovação Transformacional. Foram premiadas três empresas que se destacaram por colocar no mercado inovações que contribuíram para a ampliação do acesso da população à saúde, a melhoria do padrão de cuidados médicos e a sustentabilidade econômica do sistema de saúde.

Os ganhadores foram eleitos por uma Comissão Julgadora formada por Dirceu Barbano, ex-diretor presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Radiologia do HCFM/USP e ex-Secretário de Estado da Saúde de São Paulo; Gonzalo Vecina Neto, Superintendente Corporativo do Hospital Sírio Libanês, e Aurimar Pinto, Diretor Executivo de Relação Institucionais da ABIMED.

“Além de fomentar a inovação, que é um compromisso da ABIMED, o Prêmio comprova que existem ilhas de excelência e empreendedores de sucesso no país e que é possível superar com criatividade e bons resultados as dificuldades para inovar no Brasil”, avalia Fabrício Campolina, presidente do Conselho de Administração da ABIMED.

Na categoria “Ampliação do acesso da população à saúde” o vencedor foi o projeto Implementação de tecnologias inovadoras para telerradiologia: estudo de caso no Governo do Estado do Amazonas, apresentado pela empresa carioca Diagnext.com. A empresa desenvolveu uma solução para transmissão remota de exames radiológicos – como mamografia e Raio X –no Estado do Amazonas, que enfrenta inúmeras dificuldades logísticas de atendimento médico e de telecomunicações devido às barreiras geográficas.

O sistema foi implantado pela Secretaria de Saúde do Amazonas em 50 hospitais do interior do Estado, viabilizando a realização de cerca de 200 mil exames radiológicos, inclusive de emergência, no período de um ano. Desse total, cerca de 8 mil foram mamografias. Por meio desse sistema, a rede do interior é conectada a uma central que funciona em Manaus, onde uma equipe médica analisa as imagens geradas nos municípios e devolve os laudos via satélite para as unidades de saúde do interior. Com essa tecnologia é possível transmitir em menos de 10 minutos um exame que, por outros métodos, poderia levar até 8 horas para chegar aos especialistas.

Já na categoria “Melhoria do padrão de cuidados médicos” ganhou o projeto O transporte de vacinas saiu da era do gelo: um novo conceito para transporte e conservação de produtos, da empresa gaúcha Biotecno. A empresa desenvolveu uma câmara de conservação portátil, sem uso de gelo, para transporte de órgãos para transplante, vacinas e produtos biológicos como bolsas de sangue, materiais de laboratório e medicamentos. A câmara é uma alternativa para as caixas térmicas com gelo reciclável tradicionais, que garantem a efetividade e segurança do produto por um período de tempo bastante curto, provocando grandes perdas.

Além de manter a temperatura homogênea em todos os pontos da câmara – o que não ocorre com as caixas térmicas – o sistema funciona por meio de uma bateria recarregável na rede elétrica e em tomadas 12 volts de veículos como caminhões e possui autonomia de 2 horas em caso de queda de energia. Uma consulta realizada pela empresa a Coordenadorias Regionais de Saúde revelou que hoje cerca de 39% das perdas de vacinas ocorrem por falhas de energia elétrica e 19% por problemas nos equipamentos que conservam os produtos.

Na categoria “Sustentabilidade do Sistema de Saúde” o projeto vencedor foi Intelitive®: Uma Aplicação Prática de Inovação baseada em Sustentabilidade em Sistema de Saúde, da empresa Astus Medical, de São Paulo. Genuinamente brasileira e de pequeno porte, a empresa desenvolveu um equipamento de videolaparoscopia com tecnologia e mão de obra totalmente nacionais – o primeiro do mercado brasileiro com esta característica.

O projeto foi desenvolvido durante três anos por uma equipe de cerca de 10 pessoas e lançado no país em 2014. Por aliar alta tecnologia, qualidade e preço competitivo tem possibilitado que um novo grupo de profissionais e estabelecimentos de saúde tenham acesso ao equipamento.

Sobre a ABIMED
A ABIMED congrega cerca de 180 empresas de tecnologia avançada na área de equipamentos, produtos e suprimentos médico-hospitalares. O setor responde por 0,6% do PIB brasileiro e gera cerca de 147 mil empregos diretos e indiretos que, na maioria, requerem capacitação e promovem a formação de mão de obra qualificada nas áreas de engenharia e saúde. Fundada em 1996, a entidade coopera com a Anvisa, – órgão regulador e sanitário -, e com autoridades da Saúde, fomentando a implementação de políticas e regulamentações que proporcionem à população acesso rápido a novas tecnologias e a inovações, em um ambiente ético de negócios.

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